domingo, 19 de julho de 2015

Visigoth – The Revenant King (Cd – 2015)

Visigoth - The Revenant King
Anacronicamente Chutando Bundas
Por Trevas

Aposta da Metal Blade para o quase esquecido nicho do True Metal, Visigoth surgiu em 2010 em Salt Lake City, quando o vocalista Jake Rogers começou a recrutar músicos experientes do underground local para formar um combo metálico que honrasse o Heavy Metal em sua forma mais pura.

Teria o Visigoth dividido os custos da sessão de fotos com o Grand Magus? 
Após uma demo e dois Eps, a banda assinou com a Metal Blade, que investiu firme nesse Debut, em muito por conta do boom de bandas novas explorando com sucesso a sonoridade do metal oitentista (Enforcer, White Wizzard, Stryker, Huntress, Death Penalty, Black Trip...). Sob a produção do igualmente inexperiente Andy Patterson, o Visigoth ataca com tudo numa sonoridade que remete a uma mistura de bandas como Manilla Road e Omen com elementos do Power Metal europeu de gente como Hammerfall e Powerwolf.  A faixa título, que abre o disco parece um resumo das intenções do quinteto (ver vídeo), com ajuda da bela arte de capa de Kris Werwimp.


Dungeon Master (ver vídeo) segue com um andamento acelerado, mas não menos épico. As músicas raramente são curtas, por muitas vezes apresentando passagens mais acústicas e grandes interlúdios repletos de duelos de solos de guitarra. Rogers tem um timbre e estilo que remetem mais aos vocalistas da ala mais épica da NWOBHM do que aos afetados parentes europeus da década de 1990, o que é extremamente bem-vindo. A dupla de guitarristas em muito crava seus dedos em décadas passadas, e a cozinha joga para o time, sem grandes arroubos de punhetagem gratuita. As letras, bem são aquelas idiotices deliciosas de capa e espada da velha guarda.


Com a exceção da fantástica (ainda que respeitosa) rendição para a veloz e clássica Necropolis, do Manilla Road, as faixas tendem ao mid tempo, com muito peso e gang vocals nos refrões. Todas são bem legais dentro da proposta da banda e garantem boas seções de headbanging, em especial aos saudosistas, mas destacaria a longa e épica Blood Sacrifice no curto repertório de nove músicas.

Saldo Final
Os estadunidenses nos brindam em sua estreia com um disco tão anacrônico e descompromissado quanto poderoso e bacana de se ouvir. Não espere por arroubos de autoindulgência intelectualóide à lá Steven Wilson por aqui. Mas se estiver com vontade de colocar seus punhos para os céus, tocar air guitar acompanhado de uma boa cerveja, esse é seu disco. Esqueça o cérebro e balance o pescoço em nome do Deus Metal!!!    

NOTA: 87 (Agora a Cripta avalia os discos em notas de 0 a 100)

Indicado para (leia com a voz de Joey De Maio):
Fãs do “verdadeiro Metal”, adoradores do Deus Metal!

Fuja se:
Você for um maldito Poser.

Classifique como: Power Metal, True Metal, Epic Metal

Para Fãs de: Manilla Road, Omen, Cirith Ungol, Grand Magus.
Ficha Técnica
Banda: Visigoth
Origem: EUA
Disco (ano): The Revenant King (2015)
Mídia: CD
Lançamento: Metal Blade (Importado)

Faixas (duração): CD  - 09 (60’).

Produção: Andy Patterson
Arte de Capa: Kris Verwimp

Formação:
Jake Rogers – vocals;
Matt Brotherton – baixo;
Leeland Campana – guitarra;
Jamison Palmer – guitarra;
Mickey Tee – bateria.

2 comentários:

  1. acabei de encontrar esse site porque estava procurando uma resenha desta banda. Visigoth, que baixei e pelo nome esperava um death Melodico, mas ao ouvir o album, me espantei pelo som que remete a um power bem elaborado. Indicado aos fãns de true metal. Exelente Album, 2015 prometeu pois tivemos excelntes lançamento esse ano.

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    Respostas
    1. Olá, Felipe, bem vindo à Cripta!
      Sim, um grande lançamento de um ano absurdamente recheado de grandes lançamentos! Espero que a resenha tenha sido útil, grande abraço
      Trevas

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