Eclipse - Armageddonize (Cd-2015) |
Prólogo: de promessa a
realidade
Texto por Trevas
A história do Eclipse teve início em Estocolmo, em
1999. Jovens amigos montam uma banda para fazer o som que tanto curtem, o Hard
Rock. Após 3 bons álbuns, espaçados por hiatos típicos de bandas que trafegam
mais na estrada dos hobbies do que do profissionalismo, as lideranças criativas
do Eclipse (a saber: o vocalista/baixista/guitarrista/produtor
Erik Martensson e o guitarrista Magnus Henriksson) são cooptadas por Serafino Perugino (sim, o onipresente
presidente do selo Frontiers) como
produtores e compositores para diversos projetos da gravadora (inclusive o
aclamado primeiro disco do W.E.T.).
Erik e Magnus borrado |
Esses
quatro anos de trabalho para a Frontiers
parece ter moldado o talento dos dois, que voltaram com o excelente Bleed & Scream, que rapidamente
catapultou o nome do Eclipse entre
fãs e imprensa especializada em Hard/AOR (tendo inclusive figurado na lista de
melhores de 2012 aqui na Cripta). Após a primeira turnê em formato
verdadeiramente profissional e mais algumas participações e produções em
projetos alheios, finalmente o Eclipse
lança seu quinto trabalho, com a difícil tarefa de suprir as expectativas que
agora acompanham o nome da banda.
O Disco
Produzido por Martensson e Henriksson, Armageddonize
começa mostrando ótima qualidade sonora e aquela rifferama à lá Whitesnake/ Blue Murder contida no disco anterior, com os teclados do convidado
Johan Berlin emoldurando a matadora I Don’t Wanna Say I’m Sorry (ver vídeo
abaixo).
A primeira música de trabalho, Stand
On Your Feet (ver vídeo abaixo), é presença obrigatória nos sets da banda
daqui para frente tamanha sua qualidade. Se afastando da fórmula do último
disco, é a mistura perfeita de Melodic Rock/AOR com elementos modernos. The Storm começa com um dedilhado quase
folk, mas logo cai em sua forma verdadeira, uma música mais cadenciada com bela
interpretação de Erik e mais um refrão capaz de fazer um fã de Journey chorar.
A matadora Blood Of The Enemies
evoca aquele combo “música celta com Hard Rock” que permeou os trabalhos de Gary Moore e Thin Lizzy, adicionando elementos de Power metal, numa das músicas
mais pesadas do disco. Não por acaso parece um bocado com o som do Black Star Riders!! Wide Open evoca as influências “Journeyanas”
de maneira exemplar em seu refrão e a balada live Like I’m Dying quase perde a mão ao esbarrar de leve na
pieguice.
Eclipse 2015 |
Breakdown quebra (ops) o clima Hard Europeu e soa
impressionantemente Badlands, o que
obviamente é um grande elogio. Love
Bites pode não ser o título mais original do mundo e exalar anos 1980 por
todos os poros, mas é boa o suficiente para não darmos a mínima para esses fatos.
Caught Up In The Rush possui uma
dinâmica bacana que permite a Ulfstedt
mostrar seus dotes como baixista. Ah e só para variar, possui um refrão
matador, claro. Mais uma enxurrada de
bons riff, grandes vocais e solos matadores nos assombram em One Life-My Life e na acelerada All Died Young, que não deixam a
qualidade cair, fechando um disco que passa longe de ter uma música ruim
sequer.
Saldo Final
O
Eclipse conseguiu superar Bleed & Scream, fazendo desse Armageddonize um
disco praticamente perfeito dentro do estilo. Obrigatório a todos os fãs de
Melodic Rock, Hard Europeu e AOR.
NOTA: 9
Indicado
para:
Aqueles
que não dispensam refrães grudentos em seu hard rock.
Fuja
se:
Tiver
urticárias ao ouvir músicas com cara de comercial de marca de cigarro.
Classifique
como: Hard Rock, AOR, Melodic Rock
Para
Fãs de: Whitesnake, Blue Murder, H.E.A.T., W.E.T., Talisman...
Ficha
Técnica
Banda:
Eclipse
Origem:
SUE
Site
Oficial: http://www.eclipsemania.com/
Disco
(ano): Armageddonize (2015)
Mídia:
CD
Lançamento:
Frontiers Records
Faixas
(duração): CD - 11 (42’).
Produção:
Erik Martensson & Magnus Henriksson
Arte
de Capa: Anders Fastader
Formação:
Erik
Martensson – voz e guitarra;
Magnus
Henriksson – Guitarras;
Magnus
Ulfstedt – baixo;
Robban Bäck –
bateria.
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