sábado, 20 de julho de 2013

Curtas: Adrenaline Mob, Airbourne, Cathedral e Halestorm



Curtas: Adrenaline Mob, Airbourne, Cathedral e Halestorm


Adrenaline Mob - Covertá
Adrenaline Mob – Covertá (Ep – 2013)

A agora ex-superbanda de Mike Portnoy (um dos melhores bateristas da história recente do metal e também uma das figuras mais malas da cena) com o fantástico Russel Allen (vocalista do Symphony X) nos presenteou com mais um EP, dessa vez contendo somente versões para clássicos do Hard/Heavy. Em conjunto com o ótimo Mike Orlando (guitarras) e John Moyer (baixista do Disturbed), Portnoy e Allen arregaçam em faixas como a ótima High wire (do Badlands) e Barracuda (do Heart), mas não fazem justiça aos originais de Romeo Delight (Van Halen) e break on Through (The Doors). Lemon Song (Led Zeppelin) parece perdida em meio aos outros sons e as versões de faixas que continham Dio como vocalista em suas originais ficaram corretas, pois se há alguém capaz de fazer justiça à Ronnie, esse cara é Russel Allen. No geral, um disco legal, mas como o restante da curta discografia da banda, nos deixa aquela sensação de que falta algo.


NOTA: 6


Portnoy, Allen e grande elenco batem na trave...de novo





Airbourne - Black Dog Barking

Airbourne – Black Dog Barking (CD – 2013)

Os tresloucados australianos vem impressionando o mundo com seu som calcado nos primórdios do AC/DC, ancorados mais ainda por seus shows carregados de energia. Mas se ao vivo a banda já é considerada uma realidade e aparece em destaque em diversos festivais no verão europeu, em estúdio a coisa ainda não chega a emplacar. Com uma mistura da sonoridade AC/DC da era Bon Scott com infusões do hard rock americano do final dos anos 1980 (leia-se Motley Crüe e afins), tudo nesse terceiro disco da banda soa bacana e divertido, mas ao final dos seus pouco mais de trinta minutos de duração fica aquela sensação de que a banda deveria se esmerar um pouco mais e não soar tão genérica. Mas se você não se importa tanto com originalidade há de se divertir com a bem produzida bolachinha. Ah, e a capa é animal!

NOTA: 7

Attack Of the Mad Aussies





Cathedral - The Last Spire


Cathedral – The Last Spire (CD – 2013)

Talhado como o ultimo disco da carreira de um dos combos mais festejados da história do Doom Metal, The Last Spire é bem menos afeito á experimentações do que The Guessing Game (disco de 2010). Após uma demasiado longa introdução climática, Pallbearer finalmente toma nossos ouvidos de assalto com o que Lee Dorrian e sua trupe sabem fazer de melhor: Doom ultra arrastado calcado em riffs monolíticos do subestimado Gary Jennings. Já li por aí reclamações de que o disco pouco arrisca e não mostra nada diferente do que a banda já fizera no passado. Não deixa de ser verdade, mas considerando se tratar do encerramento da história da banda, creio que a intenção tenha sido justamente fazer uma ode ao próprio legado. Um senhor legado, diga-se de passagem, e The Last Spire mostra-se um final bastante nobre para uma banda que deixará saudades.

NOTA: 8

Lee Dorrian e sua turma, sempre sem pressa


Halestorm - The Strange Case Of
Halestorm – The Strange Case Of (CD – 2012)

Os novos queridinhos da América faturaram um Grammy como melhor canção Hard/Heavy pela faixa de abertura desse seu segundo disco, a viciante Love Bites (So Do I). Mesclando uma mão cheia para melodias radiofônicas e um vigor de botar muita banda de Hard rock no chinelo, os talentosos irmãos Lzzy (voz e guitarra) e Arejay Hale (bateria) fizeram um disco quase perfeito para o mainstream, mas que pode ser bem apreciado por fãs de um rock mais true. “Quase” porque o excesso de baladas acaba por cansar um pouco a audição completa do disco. Uma pena, pois é justamente nas faixas mais pesadas que a banda se sai melhor: a sequencia inicial com a já citada Love Bites, Mz Hyde, I Miss The Misery e Freaks Like Me somada à excelente Daughters Of Darkness seriam o suficiente para convencer os fãs de um bom Hard rock, todas ancoradas nos ótimos vocais da bela Lzzy. Mas nesse meio temos um punhado de baladas e faixas mais melosas que atingem um nível quase Avril Lavigniano. Tomara que a banda invista em seu lado mais rocker, pois ao que ao que consta por suas apresentações ao vivo, é aí que reside o verdadeiro talento da banda.

NOTA: 7

Lzzy Hale e sua bela...guitarra



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