Por Trevas
Ideia de longa data de Bruno Maia, líder (e quase sinônimo) do Tuatha de Danann, o novo disco dos mineiros é uma ode à música irlandesa, cuja riqueza constantemente inspira as faixas autorais da própria banda. Então, à despeito de majoritariamente se tratar de um disco de releituras para músicas tradicionais, não há nada a temer aqui: In Nomine Éireann se encaixa perfeitamente na discografia dos Tuatha.
Brindemos à vossa cirrose, caro ouvinte |
A produção musical, ao encargo
do próprio Bruno, espelha a beleza da arte gráfica, o que fica claro
logo nos primeiros segundos de Nick Gwerk’s Jigs, uma das quatro peças
instrumentais formadas por trechos de canções tradicionais com incursões da
própria autoria do sexteto. E a viagem folk ganha ares quase punk na urgência
de delícias como Molly Maguires e The Devil Drink Cider.
Há ainda espaço para as já quase obrigatórias vozes femininas, com ótimas participações de Manu Saggioro (em The Calling) e Daísa Munhoz (na ótima releitura para a bicentenária The Wind That Shakes The Barley). Como bônus (somente por não ser parte do conceito do resto do disco), temos a autoral King – uma merecida “desomenagem” a um genocida que carrega a faixa presidencial em um certo país tropical. Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência. Ou não. Enfim, In Nomine Éireann é um disco divertido e viciante, digno de fazer parte de uma das discografias mais equilibradas de nossa cena. (NOTA: 9,05)
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Gravadora: Heavy Metal Rock
(nacional)
Prós: repertório caprichado e
bela produção
Contras: absolutamente nada a
reclamar
Classifique como: Folk Metal
Para Fãs de: In Extremo,
Skyclad
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