Formato:
E-book Kindle (Em Inglês)
Editora: Wymer Publishing
168 Páginas
Os
Anos de Ouro da UFOlogia
Por Trevas
Cachorro de rua fez cocô, ninguém limpou, nasce uma biografia do Popoff em cima. Piadas à parte, o grau de produtividade do jornalista canadense é tamanho que a frase acima passa longe de ser um exagero, beirando uma centena de livros escritos, sob uma infinidade de bandas e temas dentro do rock pesado. Mas não é à toa, como fundador e editor sênior da extinta Brave Words & Bloody Knuckles, principal revista de metal do Canadá, além de trabalhos com outras mídias especializadas do ramo, Martin realizou uma gama incontável de entrevistas com praticamente todo e qualquer artista relevante da cena. E esse acervo costuma dar credibilidade à suas obras. Lights Out é o segundo livro de Popoff sobre a lendária banda britânica, mas aqui temos uma pegadinha, pois o “novo” livro nasceu originalmente como um projeto de revisão de UFO: Shoot Out the Lights, publicado em 2005. Martin estava organizando as entrevistas mais recentes sobre a banda e então percebeu ter em mãos tanto material extra que a revisão ficaria gigantesca e impublicável. O autor decidiu então desmembrar a obra original em vários volumes, Lights Out sendo o primeiro, centrado na linha do tempo compreendida entre o primeiro disco dos ingleses até o lançamento e promoção do mítico Strangers In The Night, ao final de 1979.
Popoff, o simpático tiozão da biografia |
Quem já leu qualquer coisa de Martin Popoff já sabe o que esperar, Martin é muito mais um competente compilador de informações do que um bom contador de histórias. Em seus livros, cada capítulo espelha um lançamento da banda, com as informações sobre produção e curiosidades extraídas diretamente das entrevistas com membros da banda e pessoas próximas. Então a qualidade informativa é sempre legal, mas muito mais centrada no aspecto musical do que pessoal da coisa. O que em muitos casos rende livros para lá de burocráticos. Para nossa sorte, o UFO sempre teve em suas formações músicos para lá de excêntricos, com a língua afiada para quaisquer assuntos, então a leitura se torna excepcionalmente bem interessante. O legal nesse caso é o confronto de opiniões e visões sobre os mesmos temas provindos de personalidades tão distintas quanto Phil Mogg, Michael Schenker, Paul Raymond e Pete Way. Também temos contribuições do simpático Andy Parker, do tresloucado Paul Chapman, do ácido Danny Peyronel, e dos produtores Leo Lyons e Ron Nevison (que parece ter o ego ainda maior que o dos músicos). Como todos são bastante falantes, dá até para criar uma espécie de história da banda na cabeça com o material, ainda que não seja o intuito original. Uma leitura bem agradável e que dá um panorama bem completo da criação de alguns dos melhores discos de Rock dos anos 1970. (NOTA: 8,00)
Nenhum comentário:
Postar um comentário