Blind Guardian - Beyond The Red Mirror |
Pompa e Sonolência
O BG
teve um início curioso, misturando Power,
Speed com alguma crueza Thrasher. Abanda demorou um pouco a
emplacar, mas depois de dois discos razoáveis, trilhou um crescendo que culminou
no excelente Imaginations From The Other
Side. Depois desse disco lançaria mais uma pérola, Nightfall In Middle Earth, totalmente inspirado na obra fantástica
de Tolkien.
BG nos tempos áureos |
A música
do Blind Guardian havia atingido um
nível de complexidade nos arranjos que mudou até mesmo o show dos caras. Antes
contando com uma pegada bem mais pesada que a de seus colegas de estilo, o BG passou a se exibir com uma precisão
clínica, com o vocalista Hansi Kürsch
inclusive abandonando em definitivo o baixo para se dedicar às cada vez mais complexas
linhas melódicas. Toda essa precisão tinha razão de ser: as inúmeras camadas de
arranjos e coros passariam a ser executadas por samplers. O problema é que a partir
dali a qualidade do material despencaria inversamente em relação à complexidade
e pomposidade das produções, em especial no chato e exagerado A Night At The Opera. Após o lançamento
do fraco A Twist In The Myth, os
alemães ameaçaram uma recuperação com o bom At the Edge Of Time. Seria um retorno em definitivo à boa forma?
Após
cinco anos de relativo silêncio, o Blind
Guardian anuncia o passo que falha 10 em 10 vezes. Uma segunda parte para
seu maior sucesso (Queensryche, Helloween, Rick Wakeman dentre outros fracassaram miseravelmente nessa
tentativa). Para piorar, tudo adornado por uma orquestra de mais de 80 membros.
Outro tiro que costuma fracassar. O disco, separado em sete atos e dez músicas
(oito atos e onze músicas nessa edição em belo Digibook), tem início com um
coral e orquestra preparando o terreno para a banda em Ninth Wave. A faixa de nove minutos resume bem o disco inteiro,
trechos de inspiração (como o bom refrão) diluídos por uma sonoridade confusa,
a mixagem do tradicional parceiro dos teutônicos Charlie Bauernfeind falhando clamorosamente em encontrar o
equilíbrio no meio de tanta informação sonora. A contar a favor da banda, nada
aqui é exatamente horrível. Mas por outro lado, poucas ideias se destacam
(arriscaria a faixa de abertura e Prophecies).
Blind Guardian 2015, muita forma, pouco conteúdo... |
Saldo Final
Enfim, uma continuação desnecessária para Imaginations From the Other Side que
traz muita pompa para um conteúdo para lá de medíocre.
P.s: ah, e a faixa bônus da
edição em Digibook (Distant Memories)
é igualmente dispensável.
NOTA: 60
Classifique como: Power Metal, Symphonic Metal
Para fãs de: metal pomposo com corais em profusão.
Fuja
se: tiver urticárias a arranjos exagerados e maneirismos rococós.
Banda de maricas.
ResponderExcluirSó isso a dizer, sem mais, Danilo