Curtas: Helloween, Killswitch Engage, Kvelertak e Pretty Maids
Por Trevas
Helloween - Straight out Of Hell |
Helloween -
Straight Out Of Hell (CD - 2013)
Álbum de número 16 na discografia dos inventores do
Power Metal Melódico e novamente produzido por Charlie Bauerfeind, Straight
Out Of Hell veio ao mundo com a difícil tarefa de dar uma chacoalhada na
carreira da banda, que caminha no modo piloto automático já tem um tempo. A
abertura com a épica (e boa) Nabatea
dá alguma esperança de que finalmente os teutônicos nos presentearão com um
disco de qualidade. Fica na promessa. Novamente carecendo de um senso de
direção, a banda alterna investidas no lado mais bobalhão do melódico nas
fracas World Of War, Far From The Stars e Years com tiros na direção do metal
mais moderno e grudento (com o qual vem acertando a mão desde The Dark Ride) em Live Now, na gratuita Asshole
e na ótima Waiting For The Thunder.
A balada Hold Me In Your Arms é
bacaninha, mas não chega a empolgar como outras do catálogo do grupo. Wanna Be God é uma tentativa assumida (e
ruim) de reviver We Will Rock You do
Queen.
Helloween 2013 - Uma preguiça só... |
Curiosamente é justamente quando
a banda encontra o equilíbrio entre o melódico e o Metal moderno que o disco
melhora, como nas boas Burning Sun, Make Fire Catch The Fly e na faixa
título. No final das contas, entre altos e baixos temos mais um disco para
cumprir tabela de uma banda que outrora deu as cartas no metal europeu.
NOTA: 6,5
Killswitch Engage - Disarm The Descent |
Killswitch Engage - Disarm the Descent (CD -
2013)
O futuro de uma das melhores bandas da nova onda
do metal Americano parecia incerto. Após o excelente The End Of Heartache ter catapultado o grupo à estratosfera (com As Daylight Dies mantendo o nível), a
banda sofreu um baque com a recepção aguada de fãs e críticos para o igualmente
aguado disco homônimo. Não bastasse isso, o ótimo vocalista Howard Jones, envolto em sérios problemas
de saúde, resolve abandonar a banda. Ah, isso sem contar com os problemas de
saúde do guitarrista, produtor e líder Adam
Dutkiewicz.
KsE 2013 - Jesse com a camisa do Bad Brains |
Em meio ao caos o Killswitch Engage promoveu testes para
o posto de vocalista. Entre os postulantes ao cargo, o eleito foi um velho
conhecido, Jesse Leach, dono do microfone
anteriormente a Howard. Quem, como
este escriba, acreditava impossível que Jesse
pudesse seguir de onde o trabalho impecável de Howard parou, quebrou solenemente a cara. Disarm The Descent é uma pedrada metalcore do início ao fim. Tudo
funciona perfeitamente, desde a produção cristalina e repleta de punch,
passando pela cozinha coesa, os riffs matadores e, pasmem, uma performance
vocal avassaladora que não nos deixa ter saudades do demissionário HJ. Difícil apontar destaques em um
disco tão homogêneo, mas In Due Time,
Tribute to The Fallen e You Dont Bleed for Me tem tudo para se
tornarem obrigatórias no set da banda. E ainda temos um momento para respirar
um pouco com a bela Always, que
coroa a evolução vocal de Jesse. Resta
torcer para que o KsE mantenha o nível, pois estamos diante de um dos grandes
discos de 2013.
NOTA: 9
Kvelertak - Meir |
Kvelertak - Meir (CD -2013)
Três anos após os tresloucados noruegueses terem
tomado a Europa de assalto com sua estréia homônima, o Kvelertak retorna com Meir,
traduzido literalmente como “mais”. O
som da banda é um Punk Rock furioso
misturado à Black Metal e elementos
de Hard Rock de bandas clássicas
como Thin Lizzy. Ah e isso contando
com um trio de guitarras e letras escritas exclusivamente na língua natal da
banda. Parece estranho? E realmente é. Mas é também incrivelmente grudento e
divertido, basta uma breve conferida nos links abaixo, para as faixas Kvelertak (com algo de Hellacopters), Manelyst e principalmente Bruane
Brenn, para descobrir o porquê. Esta última, aliás, é uma das faixas mais
legais que ouvi nos últimos tempos.
Kvelertak e sua mascote alada |
No meio dessa sonzeira ainda
destacaria a pancadaria de Trepan, o
Folk porrada de Evig Vandrar e o
clima de Jam de Tordenbrak. Cabe
ressaltar ainda o belo trabalho gráfico, novamente cortesia de John Baizley,
do Baroness. Para quem procura
originalidade sem abrir mão do peso, o Kvelertak
representa uma ótima pedida!
NOTA: 8,5
Pretty Maids - Motherland |
Pretty Maids - Motherland (CD -2013)
Dono de um dos piores nomes já escolhidos para
uma banda de rock pesado, o Pretty Maids
iniciou sua carreira na Dinamarca em 1981, sendo mais um dos frutos da
influência da NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal) pelo
continente europeu. Para bem da verdade, o Pretty
Maids pode ser considerado um dos artifices do Power Metal Europeu, tendo por característica em seu som o
cruzamento desse estilo com o AOR,
algo que ficou ainda mais forte ao longo dos anos 1990. A carreira da banda, reerguida
pelo cover do Hammerfall para Back To Back, voltara a um viés de
baixa. Mas deu uma nova guinada com a assinatura de um contrato com a gravadora
italiana Frontiers, especializada em
AOR, pela qual lançou o ótimo Pandemonium (2010, seguido por um
excelente registro ao vivo). O sucesso de crítica gerou um bocado de
expectativa para esse Motherland.
Pretty Maids - Ou seria Ugly Guys? |
Mother Of All Lies, a faixa de abertura e primeiro vídeo mostra a
banda enterrando os pés no AOR com
maestria, uma música que entremeia riffs de guitarra e camas de teclado, sendo
sempre guiada pela excelente voz de Ronnie
Atkins, que outrora influenciara o timbre de Hansi Kürsch (Blind Guardian)
e que é de uma versatilidade e competência impares. To Fool A Nation mantém a pegada AOR, e um ouvinte desavisado poderia bem pensar que o Def Leppard finalmente voltara a fazer
boas músicas, tamanha a semelhança, em especial pelo atual timbre de Ronnie. Após uma curta introdução
narrada, The Iceman finalmente nos
mostra a fusão de Power Metal com AOR típica do Pretty Maids, mais uma boa ideia de Ken Hammer, guitarrista e único membro original da banda (além de Atkins) na formação atual. Sad To See You Suffer e Bullet For You são outras a fazer
inveja ao Def Leppard, enquanto Hooligan e Why So Serious representam a pegada mais pesada da banda. A balada Infinity ressalta a excelente produção
da bolachinha e a faixa título é mais um postulante a novo clássico da banda,
assim como a melancólica Wasted, que
encerra de maneira brilhante o disco. Uma audição obrigatória para todos
aqueles que curtem AOR!
NOTA: 8,5
Não conheço o nórdico em questão. Quanto aos demais três, passo...
ResponderExcluirPrezado Krill
ExcluirBom ter meu único comentarista de volta por aqui, hehehe
Cara, dê uma olhada nos links de vídeos para o Kvelertak. Como gostas de alguma coisa de punk e extremo, tenho a impressão que curtirás a banda.
bjundis
T