terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Vader – Solitude In Madness (CD-2020)


Grosseria Polaca

Por Trevas

Um dos baluartes do Death Metal em sua forma mais simples, a banda polonesa Vader chega ao seu 12º trabalho de inéditas contando com uma formação estabilizada e fixa desde 2011. O disco contou com produção de Scott Atkins, o mesmo responsável por Scriptures, do Benediction, e foi lançado em solo Brazuca pela Shinigami Records.

Piotr sonhando acordado com um gorduroso X Bacon

E o que temos aqui é mais uma demonstração da mais pura grosseria polonesa, cortesia de Piotr Wiwczarek (voz e guitarras) e sua trupe. Shock And Awe faz justiça ao nome e a faixa de trabalho Into Oblivion nos lembra que os caras tem as manhas de colocar elementos grudentos em meio à porradaria. Os 78 segundos de Despair e a quase épica (mais de 3 minutos!) Incineration Of The Gods esfregam em nossos combalidos tímpanos o absurdo que é a performance do moedor de carnes que atende pelo nome de James Stewart. O cara deve perder uns 7 kg por show tocando bateria desse jeito!


O disco não deixa tempo para respirar e muito menos pensar, mas se assim o fizesse, talvez desse para processar a informação de que não há nenhuma novidade por aqui. Até mesmo na escolha do divertido cover para os patrícios do
Acid Drinkers, Dancing in The Slaughterhouse, o Vader não faz questão de se aventurar muito fora de sua zona de conforto. Mas quando sua zona de conforto rescende a enxofre e garante meia hora de devastação sonora como a que ouvimos aqui, quem se importa? Mais um disco matador! (NOTA: 8,57)

Visite o The Metal Club

Gravadora: Shinigami Records (nacional)

Prós: violento e muito bem produzido

Contras: definitivamente não indicado a ouvidos de pelúcia

Classifique como: Death Metal

Para Fãs de: Morbid Angel, Behemoth


 

Heathen – Empire Of The Blind (CD-2020)


 

Recuperando o Tempo Perdido

Por Trevas

Os veteranos da Bay Area tem uma história que remonta aos idos de 1984. Curioso constatar então que Empire Of The Blind é apenas seu quarto disco de estúdio, o primeiro em 11 anos. Com uma formação que traz David White (vocalista) e o fundador Lee Altus (guitarras) ao lado de Kragen Lum (guitarras, ex-Exodus), Jason Mirza (baixo, Psychosis) e Jim DeMaria (bateria, Whiplash), o grupo partiu para o Planet Z Studios, para gravar seu novo trabalho ao lado do renomado produtor Zeuss (Queensrÿche, Rob Zombie, Soulfly).

Veteranos Pagãos

O disco começa com a curta e climática instrumental The Rotting Sphere, que prepara o terreno para a excelente The Blight. A faixa título prossegue com o massacre sonoro, um Thrash melodioso e mais técnico que em muito lembra o caminho trilhado pelo Megadeth, com similaridades com Exodus e Testament nos momentos mais pesados.


Dead And Gone é mais cadenciada, mas ainda excelente, e o impressionante assalto sonoro termina com Sun In My Hand, forte candidata a melhor faixa do disco. 


A partir desse momento a qualidade cai um pouco. Longe de dizer que coisas como Blood To Be Let e Devour sejam ruins, apenas não tem nada de especial. Há ainda a redenção com a instrumental A Fine Red Mist e com a espetacular The Gods Divide, corando um baita disco de Thrash, mas que poderia ser ainda melhor se mantivesse o poderio de sua primeira metade. (NOTA: 8,57)

Visite o The Metal Club

Gravadora: Shinigami Records (nacional)

Prós: Thrash melodioso e bem trabalhado

Contras: perde força lá pela metade do disco

Classifique como: Thrash Metal

Para Fãs de: Megadeth, Testament