quinta-feira, 28 de maio de 2020

Candlemass – The Pendulum (EP-2020)




Limpando O Baú

Por Trevas

Para quem ameaçou se aposentar, Leif Edling, baixista e mentor do Candlemass, parece incrivelmente ativo. Tão logo a banda retornou da bem-sucedida turnê de promoção do último disco, já foi anunciado o lançamento de mais um EP, algo que tem se tornado corriqueiro para a banda em tempos recentes.

Mais Um Ep, Leif? Cê tem que parar de arrumar essas tretas!

A faixa título foi a última composta para The Door To Doom, originalmente pensado como um disco duplo. Com produção finalizada, é uma faixa legal, mas aquém de quase tudo que entro naquele disco.



O restante dos 20 minutos do EP se resume a versões demo de faixas que não foram finalizadas para The Door To Doom. A qualidade da gravação não é ruim, não, nem saberia se tratarem de versões demo caso não fosse informado no Release. Mas somente as boas Snakes Of Goliath e Porcelain Skull são músicas completas de fato, as restantes são meros interlúdios instrumentais, de pouco mais de um minuto cada. Sub Zero e The Cold Room são pequenas peças acústicas. Já Aftershock nada mais é do que uns barulhinhos pentelhos. Ao final das contas, um material que não agrega muito à carreira dos veteranos, e só fará a alegria dos fanáticos completistas de plantão. (NOTA: 6,77)



Gravadora: Hellion Records (nacional).

Pontos positivos: Três boas faixas

Pontos negativos: Três sobras desnecessárias

Para fãs de: Memento Mori, Solitude Aeturnus

Classifique como: Doom Metal



sexta-feira, 15 de maio de 2020

Relentless: 30 Anos De Sepultura (Livro: Jason Korolenko, 2015)





(Relentless: Thirty Years Of Sepultura)
328 Páginas
Editora Benvirá

A maior banda de rock pesado do Brasil em todos os tempos tem uma história repleta de superação e drama. Daquelas que qualquer autor mataria para poder transcrever em seu livro, com cores quentes, vísceras à mostra.


O estadunidense Korolenko faz aqui um apanhado dessa história numa escrita dinâmica, mas que peca justamente ao ser evasiva demais nas partes polêmicas e ao cometer um erro comum em biografias: gastar frequentemente linhas e linhas por capítulo engrandecendo os feitos da banda.

Convenhamos, se alguém está disposto gastar tempo de vida para ler uma biografia sobre qualquer artista, subentende-se no ato que aquele artista já é importante o suficiente para tal, não precisamos ser lembrados o tempo todo disso. 

A evidente ausência de material (entrevistas e opiniões) por parte do clã Cavalera também incomoda um pouco, ainda que isso não seja exatamente culpa do autor, dado a hostilidade contínua e atitude frequentemente infantiloide vinda do lado de lá da história. Mas que isso prejudica o todo do livro, prejudica. Acaba soando como um "lado do Max no livro do Max" x "lado da banda nesse livro". E a história do Sepultura é maior que a soma desses lados. 

Mas o livro não é ruim, não. 
A leitura é legal e deixa a gente com vontade de explorar novamente a discografia, já que tem como um dos seus maiores trunfos a densa análise música a música de cada disco.

Mas ao final da leitura, fica a certeza de que o livro definitivo sobre nosso maior orgulho na cena metálica ainda está por ser escrito. (NOTA:7,00)