quarta-feira, 28 de março de 2018

Saxon – Thunderbolt (Cd-2018)

Saxon - Thunderbolt



Raios! Raios Múltiplos!!!!
Por Trevas

Terceiro rebento da parceria entre os titãs da NWOBHM e o produtor Andy Sneap (Amon Amarth, Nevermore, Accept, Judas Priest), e contando novamente com a capa do ilustrador Paul Raymond Gregory (parceiro desde os tempos de Crusader), Thunderbolt chega com a difícil missão de manter o impressionante alto padrão de qualidade dos discos recentes do Saxon.


Poster do único show no Brasil em 2018


Olympus Rising introduz Thunderbolt, inspirada na mitologia Grega e primeira música de trabalho (ver vídeo), que mantém a tradição da banda em caprichar a mão em suas faixas títulos. 



The Secret Of Flight (ver vídeo) é excelente e já segue o padrão mais moderno de composição que vem se fazendo comum desde o início da parceria com Sneap. Curiosamente, a modernidade é bem menos visível na produção do que em Sacrifice e Battering Ram. Talvez por pressão da banda, dessa vez Andy trabalhou timbres e uma mixagem mais abafados e em muito semelhantes ao som que banda adotou nos anos 1990. Nada que atrapalhe, mas é o disco sonoramente menos impactante da tríade.



Em compensação, as composições estão inspiradíssimas nessa primeira metade de disco. Nosferatu (The Vampire’s Waltz) é épica e sombria, e pode muito bem fazer parte de qualquer coletânea que a banda lance no futuro (ver vídeo). Na bela edição em digipack lançada no brasil, ela ainda aparece em uma mixagem menos pomposa, que funciona igualmente bem, obrigado.



Velocidade estonteante é o que encontramos em They Played Rock And Roll, que mostra que o Saxon encontrou inspiração em outras mitologias mais modernas, como a do Rock. Tematicamente quase uma continuação e And The Bands Played On, o petardo é uma sincera e muito bem-vinda homenagem a Lemmy Kilmister e sua trupe de vândalos musicais, e contém até mesmo trechos de fala do mestre.



Bom, a partir daí o disco fica bem menos espetaculoso. Predator (com uma subaproveitada participação de Johan Hegg, o ogro gigante do Amon Amarth), Sniper, Sons Of Odin e Speed Merchants (a mais fraca do disco, com letra reprisando a homenagem à fórmula 1 feita em Warriors Of The World) são bacanas, mas exploram fórmulas tão comuns na discografia saxônica que acabam dando a impressão de que o nível caiu um pouco.


Mas ainda assim há espaço para faixas de grande destaque, como A Wizard’s Tale (apesar da letra para lá de idiota) e a faixa de encerramento Roadie’s Song, uma bela homenagem àqueles que fazem o show por detrás do show acontecer.

Saxon 2018, chutando mas bundas que você

Veredito da Cripta

A primeira metade dos curtos quarenta minutos de Thunderbolt é tão arrasadora que chega a empalidecer (injustamente) o restante do disco. Mais um ótimo trabalho de uma das bandas mais prolíficas e equilibradas de sua geração.


NOTA: 9,00

Visite o The Metal Club
Gravadora: Shinigami Records (nacional).
Pontos positivos: a primeira metade do disco arrebenta 
Pontos negativos: produção um pouco aquém dos últimos trabalhos
Para fãs de: Iron Maiden, Judas Priest
Classifique como: Heavy Metal


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