sexta-feira, 29 de junho de 2018

Candlemass – House Of Doom (Ep – 2018)

Candlemass - House Of Doom

O Retorno Dos Mortos-Vivos
Por Trevas

Se um dia alguém ousar escrever um livro sobre a história do Doom Metal, pode apostar que alguns capítulos deverão ser reservados aos suecos do Candlemass. Um dos pioneiros e ícones do gênero, infelizmente a banda tem sofrido com uma estranha síndrome de morto-vivo. Envolto em uma série de problemas de saúde, o líder, baixista e compositor de 99% do que os caras já fizeram, Leif Edling, anunciou o encerramento das atividades do Candlemass, lá em 2012. Segundo reportado à época, ele queria que a banda parasse no topo, antes de começar a lançar discos “meia-boca” (como aliás foi o fraco canto do cisne, Psalms For The Dead). O fim não durou muito. A banda continuou a excursionar aqui e acolá, com Leif raramente subindo aos palcos e o microfone sendo entregue ao amigo e colaborador eventual Mats Levén (Therion, Malmsteen). E em comemoração dos 30 anos do disco de estreia, em 2016, lançaram até mesmo um bom Ep, Death Thy Lover. Eis que sou pego de surpresa ao me deparar com mais um Ep lançado na surdina, House Of Doom, que inclusive ganhará edição nacional. Vamos ver o que nosso adorável zumbi aprontou dessa vez.


Leif e sua trupe
A faixa título é Candlemass clássico, não traz absolutamente nada de novo ou excepcional, mas deve agradar quem estava com saudade do som único dos suecos.



Flowers Of deception sonoramente até remete ao ótimo disco de retorno da formação clássica, mas sofre do mesmo mal que aflige boa parte das composições atuais de Leif em seus muitos projetos diferentes, uma certa preguiça nos refrães. Uma pequena decepção, só para não perder o trocadilho. A acústica e climática Fortuneteller eleva o nível, mas tem cara de quem funcionaria melhor em algum disco do Avatarium. Dolls On A Wall é uma curta e desinteressante instrumental que encerra enigmaticamente os parcos 19 minutos de música desse Ep.


Veredito da Cripta

Seis anos atrás Leif Edling anunciara o fim do Candlemass dizendo que não queria que a banda passasse a lançar discos meia-boca. Caro Leif, era melhor ter mantido o caixão fechado, pois meia-boca é exatamente o termo que define com precisão esse House Of Doom. Recomendado somente para os tarados pela banda e completistas de plantão.


NOTA: 6,65

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Gravadora: Nuclear Blast (importado).
Pontos positivos: a faixa título é ok
Pontos negativos: o restante soa como um punhado de sobras de estúdio
Para fãs de: Memento Mori, Solitude Aeturnus
Classifique como: Doom Metal



terça-feira, 26 de junho de 2018

Earthless – Black Heaven (Cd-2018)

Earthless - Black Heaven
Paraíso Retrô
Por Trevas

Confesso que havia deixado a tarefa de conferir o som dos californianos da Earthless de lado zilhões de vezes, mesmo com inúmeras recomendações vindas de gente muito boa. Esquecimento? Em boa parte. Mas também um pouco de descrença, sabia que os caras tem projetos de jazz, ostentam uma predileção por sons instrumentais repletos de jams e um bocado de psicodelismo, e imaginei algo meio metido à besta e sem muita pegada. Bom, até eu esbarrar com essa belíssima arte de capa e pensar com meus botões: “alguém que faz um som blasè jamais apostaria numa capa tão visceral, né?” . Talvez fosse finalmente a hora de dar atenção ao Earthless. Lá vamos nós então embarcar na primeira viagem rumo ao paraíso negro de um dos power trios mais bem falados da atualidade.

O trio, que jura que não faz uso de psicotrópicos, só café e chá...ah, sei...

Gifted By The Wind dá o tom do disco, uma paulada setentista com ótimos riffs, solos destruidores, baixo irrequieto e aquelas linhas vocais meio soltas e cheias de feeling que te fazem até esquecer que o cantor nem tem lá uma bela voz.



Um jorro de fantasmagórico feedback faz a ponte entre a abertura e End To End, com riff cáustico e aquela cozinha matadora que, em conjunto com a voz de Isaiah Mitchell, acaba remetendo ao Grand Funk Railroad. O trio traz composições com cara da primeira metade dos anos 1970, e o faz com aquele senso de liberdade e com uma pegada impressionante, o que a cozinha de Mario Rubalcaba e Mike Eginton demonstram na excelente Electric Flame é de causar ereção em qualquer saudosista. E não, enaltecer os caras não significa diminuir o poder de fogo do guitarrista/vocalista Isaiah Mitchell. Se os vocais do cabrunco, principal compositor do trio, demandam alguma boa vontade aos não aficionados por Budgie, Rush ou Grand Funk, as guitarras são absolutamente incontestáveis: feeling absurdo nos solos e poder e muita criatividade nos riffs, sempre com timbres caprichados. Ah, e se você que já conhece a banda ainda não ouviu o novo trabalho, deve estar achando um bocado estranha a citação de vocais em todas as músicas. Sim, os caras fizeram diferente dessa vez, as músicas, ainda que tenham como destaque suas excelentes passagens instrumentais, dessa vez são calcadas numa abordagem de canções mais diretas, uma abordagem para lá de acertada, diga-se. A exceção se faz em dois números: a rápida Volt Rush, curiosamente a única a ganhar um vídeo oficial.




A segunda instrumental é a frenética faixa que nomeia a bolachinha: aliás, que petardo é Black Heaven, a música, com performances estelares do trio e pequenas nuances que remetem até mesmo à Black Sabbath!


Mas o melhor foi guardado para o final, Sudden End, uma power balada viajandona que faz frente a qualquer música do gênero composta entre 1969 e 1979, terminando os parcos 39 minutos de disco de forma absolutamente perfeita.




Veredito da Cripta

Black Heaven é o melhor disco de Retro-Rock que escuto desde o fenomenal Hisingen Blues, do Graveyard. Uma adição obrigatória à coleção e qualquer fã de rock setentista que se preze e forte candidato a parte de cima das listas de melhores de 2018.


NOTA: 9,64


Visite o The Metal Club

Gravadora: Nuclear Blast (importado).
Pontos positivos: ótima produção, grandes performances
Pontos negativos: absolutamente vintage, para horror de quem gosta de sonoridade moderna
Para fãs de: Grand Funk Railroad, Budgie, Graveyard, Kadavar
Classifique como: Retro-Rock, Classic Rock


quinta-feira, 21 de junho de 2018

Behemoth – Messe Noire – Live Satanist (Box Set – Blu-Ray + DVD + Cd)




Capirotagem em HD!
Por Trevas

The Satanist, disco dos poloneses do Behemoth de 2014, é cercado de uma história de fundo digna de filme, tendo inclusive rendido a resenha mais visualizada e elogiada desse Blog (ler aqui). Se o trabalho anterior de Nergal e sua trupe já havia propiciado um ganho de território na cena metálica mundial, The Satanist colocou o Behemoth numa improvável condição de força a ser reconhecida comercialmente. Pudera, trata-se de um dos trabalhos mais perfeitos da história recente do Heavy Metal.  Com a banda tocando em lugares melhores, em horários melhores dentro dos festivais e podendo investir ainda mais na cenografia de palco, nada mais justo que Nergal optasse por registrar momentos da turnê em alta definição.

Olá, você teria um minutinho de seu tempo para ouvir a palavra do cramulhão?
Apresentação

Como é comum no material da Nuclear Blast feito especialmente para colecionadores, há um impressionante esmero no belo earbook. Uma coleção de fotos em preto e branco entremeadas por impressos em papel manteiga remetem ao belo projeto gráfico do trabalho de estúdio ao qual esse ao vivo faz referência. Os três disquinhos vêm encartados na contracapa, em fundo aveludado com miolos de encaixe resistentes. A arte de capa é bela e soturna, como esperado. Existem diversos outros formatos, mais simples, para Messe Noire, mas imagino que o esmero se faça presente em todos.

Messe Noire em suas várias faces

Blu-Ray/DVD

Menu

Belo, e intuitivo, reflete o projeto gráfico do restante do pacote, permite a seleção de músicas individualizadas ou que cada sessão seja reproduzida integralmente. Tem como única falha o cursor seletor, que apenas ilumina levemente a opção escolhida.

Imagem, Edição e Som

A teatralidade e preocupação com a temática visual são parte integrante do show do Behemoth. Temos então profusão de closes nas caras e bocas dos integrantes, cortes e tomadas que privilegiam os belos e sombrios adereços de palco, tudo capturado em vários ângulos, em sua grande maioria por câmeras de alta definição. A edição é ágil sem se tornar esquizofrênica demais, com imagens em preto e branco se alternando com as coloridas. A iluminação é parte do espetáculo, tudo muito bem pensado e sombrio. As tomadas que privilegiam a plateia também são bem legais e até mesmo a sobreposição de imagens, originalmente projetadas no telão, recurso que geralmente repudio, aqui se encaixa, deixando um clima de desespero e claustrofobia no ar. O som, em 5.1 ou estéreo, é perfeito, mantendo peso e crueza aliados a uma qualidade cristalina, com boa captação da interação com o animado público.


Performances e Repertório

A banda consegue alternar entre a teatralidade, passividade solene e ferocidade num piscar de olhos. Nergal é o mestre de cerimônias e centro das atenções nessa missa negra, mas seus companheiros atuam como excelentes coadjuvantes. Tecnicamente o quarteto funciona à perfeição e, a despeito da complexidade do material de The Satanist (que demanda por samplers e backing tracks aqui e acolá) e da crueza do som ao vivo, a atmosfera está ali, intacta. O repertório tem início com a execução do então recente trabalho na íntegra. Findada essa parte, ainda temos uma bem escolhida sucessão de músicas do restante da carreira dos poloneses, totalizando 15 faixas.



Extras

O primeiro extra se chama Live Assault, anunciado como um Official Bootleg que traz 12 faixas tocadas ao vivo no festival Brutal Assault, em 2016. O repertório novamente é baseado na reprodução de The Satanist na íntegra, adicionando 3 faixas de outros discos no encore. A qualidade de áudio e vídeo é bacana (nem merecia o epíteto Bootleg) e a despeito do repertório repetido, é uma adição interessante para conferirmos os poloneses tocando em outro ambiente para um público não unicamente deles.

O segundo extra se chama Cinematic Archive e engloba os seis videoclipes oficiais para músicas de The Satanist, com destaque absoluto para os belos e funestos clipes de Blow Your Trumpets Gabriel e O Father O Satan O Sun!





CD

O Cd talvez seja o “ponto fraco” do pacote. Não, a mixagem não é ruim, é até bem boa, diga-se, respeitando o poderio da banda sem abandonar o som cristalino e colocando a plateia em destaque quando necessário. Então qual seria o “problema” com a bolachinha? Bom o “problema” é meramente conceitual, já que o disco traz somente as faixas do The Satanist, o que deixa espaço vago que poderia ser muito bem ocupado por algumas das músicas que aparecem no bis. mas o importante é saber que o material funciona muito bem ao vivo, mesmo sem a impactante contraparte visual.


Veredito da Cripta

Messe Noire é um deleite audiovisual, que mostra bem o motivo do Behemoth ter conseguido galgar espaço para além do restrito nicho do metal extremo. Grandes composições, executadas com muito esmero e vigor e engrandecidas por um cuidado gráfico invejável. Item obrigatório para os fãs dos poloneses.


NOTA: 10


Prós: Um pacote audiovisual que beira a perfeição
Contras: Sendo chato, o Cd bem poderia trazer algumas das músicas do encore
Classifique como: Black Metal, Death Metal, Blackened Death metal
Para Fãs de: Vader, Dimmu Borgir, Emperor, Watain, Ihsahn.



sábado, 9 de junho de 2018

Black Label Society – Grimmest Hits (Cd-2018)

Black Label Society - Grimmest Hits
Canções Para o Ceifador
Por Trevas

Décimo disco de inéditas do combo liderado pelo hirsuto Zakk Wylde, Grimmest Hits vem ao mundo pouco após o grandalhão ter retomado seu lugar ao lado do padrinho Ozzy. Também é o primeiro trabalho pesado de Zakk após o reencontro com seu lado acústico na apenas passável segunda parte do clássico Book Of Shadows. Se considerarmos que o BLS nunca primou por grande versatilidade em seu som, fica a curiosidade se haveria influência desses dois fatos em Grimmest Hits.


Zakk e sua turma de inimigos do barbeador

Trampled Down Below tem início climático carregado pelo baixo de John DeServio, seguido de um ataque guitarrístico à lá Black Sabbath. A voz de Zakk, com aqueles toques de inspiração explícita do madman, estão mais limpos do que em outros tempos e o ótimo solo coroa um belo pontapé inicial. Toneladas de Southern Rock permeiam o disco, como em Seasons Of Falter, mostrando que o BLS soube enfim colocar um pouco de versatilidade em seu som consagrado. Som consagrado do BLS é bem o que temos em Betrayal (ver vídeo), mas a produção, arranjos e timbres trouxeram um algo à mais ao disco mesmo quando ele nada mais faz que repetir fórmulas. Isso sem falar que mr. Wylde parece ter reencontrado sua melhor forma após ter deixado de lado a biritagem, todos os solos do disco são absurdamente matadores!



O leitor atento já deve ter percebido que há algo de sorumbático em todos os títulos das músicas, e talvez seja justamente esse senso de trevosidade que tenha norteado o nome da bolachinha. Mas quem segue Zakk nas mídias sociais sabe bem o quanto o cara tem um espírito galhofeiro, então até mesmo o impagável encarte, que traz o ceifador em diversos momentos cotidianos hilários, faz troça com a temática sisuda. Room Of Nightmares (ver vídeo) e A Love Unreal (que solo!) são BLS tradicional em sua melhor forma, e bem poderiam estar em Mafia ou Blessed Hellride.


A produção, capitaneada pelo próprio patrão, é seca e sombria, ainda que aposte bastante numa bem-vinda dinâmica pouco comum aos trabalhos anteriores, casando muito bem com o clima das composições.  Um exemplo bem claro do que escrevi é Disbelief, que começa tipicamente BLS e dá uma bela caída semiacústica no pré refrão, depois adicionando uma camada de guitarras que evoca até mesmo o som Stoner clássico. Maturidade que chama, né? Illusions Of Peace é outra pedrada com riff inspirado e talvez as apenas bacaninhas Bury Your Sorrow e Nothing Left To Say devessem ter ficado de fora, até para não diluir o poderio do restante do disco em quase uma hora de música, o que é um bocadinho longo para esse tipo de som.


Veredito da Cripta

Grimmest Hits é uma surpreendente jornada por todo o espectro de influências musicais que permeiam a carreira de Zakk Wylde, temperada com o som típico do Black Label Society, para forjar um dos mais inspirados trabalhos da banda. Tivesse o disco encerrado com umas três músicas a menos e estaríamos diante de um dos melhores do ano. Recomendo.  



NOTA: 8,51

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Gravadora: eOne Music (importado).
Pontos positivos: um dos discos mais variados de Zakk, grandes solos
Pontos negativos: poderia ter uns 10 minutos a menos
Para fãs de: Ozzy Osbourne, Black Sabbath, Clutch
Classifique como: Southern Metal



sábado, 2 de junho de 2018

We Sell The Dead – Heaven Doesn't Want You And Hell Is Full (CD-2018)

We Sell The Dead 

Tim Burton Metal
Por Trevas

Banda ou projeto? Ainda não ficou claro para ninguém, mas We Sell the Dead (chamarei de WSTD para economizar, se me permitirem) foi apresentado ao mundo como um “projeto multimídia inspirado na era vitoriana, mas que transpõe a atmosfera daqueles tempos para uma sonoridade moderna. Se Jack O Estripador tivesse viajado no tempo para os dias modernos ele certamente entraria para uma banda de heavy metal, e ela seria We Sell The Dead...” baboseiras mil, o press release mais me afastou inicialmente do que causou curiosidade. De fato, o que temos aqui é um grupo formado por gente de bandas conhecidas e variadas da cena, mas gente não tão famosa assim para podermos chamar de supergrupo. São eles os suecos Niclas Engelin (guitarrista do In Flames, Engel e Passenger), Apollo Papathanasio (voz, ex-Firewind, atual Spiritual Beggars), Jonas Slättung (baixo e voz, Drömriket) e Gas Lipstick (bateria, ex-HIM). Se a mistura das bandas originais dos membros do WSTD parece estranha, matou a charada, é exatamente nessa estranheza que reside o charme desse projeto, amparado pelos visuais do artista gráfico e game designer Dan Lind.

Quarteto sueco? Seria o ABBA?

Bora Vender Defunto

A climática (e cinemática) introdução The Body Market, nos arremessa para o centro da viagem no tempo proposta no press release, e então Echoes Of An Ugly Past aparece com seu riff totalmente Doom contrastando com uma sonoridade moderna (a produção pelo jeito ficou ao encargo da própria banda) e a voz única de Apollo. O refrão é daqueles que gruda que nem chiclete na cachola e é seguido por um baixo gorduroso e a bateria pesada de Gas. Foi a primeira coisa que escutei deles e definitivamente me conquistou de cara. Excelente início.




Mais veloz que a faixa anterior, Leave Me Alone mantém o peso e a cara única, se bem que talvez pudesse ser explicada como algo que o Tony Iommi pudesse assinar nos dias de hoje se resolvesse prosseguir com uma nova versão do Black Sabbath. Imagine tem uma cara de trilha sonora de musical, um dirigido por Tim Burton mais especificamente, e a matadora Turn It Over é um improvável Gothic-AOR que traz uma interessante parceria vocal entre Jonas e Apollo.



Chuva, piano e um violão criam o clima para a sorumbática balada Too Cold To Touch, um momento de absoluta calmaria no disco, é outra a trazer um bem encaixado dueto. Trust vem a seguir com a solenidade Doom de uma marcha fúnebre, e soa como se o My Dying Bride tivesse tido um filho com alguma banda finlandesa. Por um momento me veio o extinto Sentenced à mente. À primeira vista a letra de Pale And Perfect pode indicar uma daquelas breguices do HIM, mas há de se notar um sutil toque de necrofilia no ar. Silent Scream é a derradeira das oito faixas, e é bem climática, com um dos melhores refrões do disco.




Veredito da Cripta
E de onde eu menos esperava saiu um disco simples, único e viciante. Difícil dizer se há conteúdo para se levar o We Sell The Dead para além desse álbum de estreia, mas se ficar só nele, a junção dos suecos já terá valido à pena.  


NOTA: 9,08

Visite o The Metal Club



Gravadora: Shinigami Records (nacional).
Pontos positivos: sonoridade única e músicas grudentas
Pontos negativos: pode soar um pouco melancólico demais para alguns
Para fãs de: Sentenced, Poisonblack
Classifique como: Gothic Metal, Modern Metal