segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Testament + Prophecy – Brotherhood of the Snake Tour Latin America 2017 - Circo Voador (20/08/2017 – Rio de Janeiro/RJ)

Flyer da Turnê



Bay Area x Guanabara Bay
Texto e fotos: Trevas


Prophecy

Na ativa (ainda que de maneira intermitente), o combo carioca Prophecy já me proporcionou alguns massacres sonoros em outras oportunidades. Tal qual não foi minha surpresa ao perceber em conversas pouco antes do show do quarteto que boa parte do público não conhecia os caras. Isso explica em muito a surpresa da desinformada galera ao assistir a pouco mais de meia hora de porradaria thrasher dos cabruncos, que, salvo alguns pequenos problemas técnicos, fizeram um set avassalador. O som estava alto e nítido, com Rogério Avlis no comando na voz e guitarra acompanhado de uma formação de respeito. Algumas câmeras estrategicamente posicionadas deixam a curiosidade no ar, estariam os cariocas preparando um registro ao vivo? Espero que sim. Ao final, era só olhar os rostos na multidão para perceber: o recado fora dado, prazer, esse é o Prophecy! (Nota:9,00)


Prophecy chutandobundas!





Testament

Confesso que estava um pouco apreensivo para esse show. Os dois shows anteriores que presenciei dos estadunidenses foram tão destruidores que ganharam lugar cativo em minha lista de melhores shows que já assisti. Só que havia um suposto problema nessa turnê: a banda, já frequentadora assídua de nosso país, manteria o repertório que vem fazendo lá fora, privilegiando o novo disco e deixando de lado todo e qualquer material do perfeito The Gathering e parte dos clássicos. Prenúncio de fiasco? Porra nenhuma. O começo foi tão avassalador, com 5 músicas na sequência, que não deu tempo nem de respirar. Se Brotherhood pode ser considerado um passo atrás na qualidade absurda dos lançamentos recentes da banda, isso não refletiu no ambiente ao vivo, onde a faixa título, The Pale King e Stronghold funcionaram muito bem, obrigado.



O bando do Bugio Louco: Testament



A formação da banda é de uma perfeição absurda: o que dizer de uma cozinha composta por gente do quilate de Gene Hoglan e Steve DiGiorgio? E as guitarras do pequenino e feroz Peterson? E a monstruosidade que toca o quase alienígena Skolnick? Só checar a rendição que fizeram para a louca instrumental Urotsukidôji! Isso sem falar no homem bugio, o índio gigante com gogó de aço, Chuck Billy, que comanda o público com a energia de quem poderia sobreviver a outros 789 cânceres. E tome rodinha na sequência Practice What You Preach e The New Order. E a emoção era palpável no rosto de boa parte do público quando a banda finalmente resolveu tirar poeira de Low. E o gran finale se deu com Disciples of the Watch, provando que a banda definitivamente não precisa se escorar somente em suas músicas mais manjadas para fazer um show perfeito. Pois perfeito esse show também foi. (NOTA:10)



A irmandade da Thrasheira!

2 comentários:

  1. Perfeição define! E, na sua foto, aquele monte de cabelos imediatamente abaixo do Chuck pertence a este velho combatente!!!

    Abs.,

    Krill

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Krill, explique melhor esse lance de você ser um monte de cabelos embaixo do Chuck...
      Abracetas
      Trevas

      Excluir