quarta-feira, 13 de maio de 2015

Eclipse – Armageddonize (Cd-2015)

Eclipse - Armageddonize (Cd-2015)
Prólogo: de promessa a realidade
Texto por Trevas

A história do Eclipse teve início em Estocolmo, em 1999. Jovens amigos montam uma banda para fazer o som que tanto curtem, o Hard Rock. Após 3 bons álbuns, espaçados por hiatos típicos de bandas que trafegam mais na estrada dos hobbies do que do profissionalismo, as lideranças criativas do Eclipse (a saber: o vocalista/baixista/guitarrista/produtor Erik Martensson e o guitarrista Magnus Henriksson) são cooptadas por Serafino Perugino (sim, o onipresente presidente do selo Frontiers) como produtores e compositores para diversos projetos da gravadora (inclusive o aclamado primeiro disco do W.E.T.).

Erik e Magnus borrado
Esses quatro anos de trabalho para a Frontiers parece ter moldado o talento dos dois, que voltaram com o excelente Bleed & Scream, que rapidamente catapultou o nome do Eclipse entre fãs e imprensa especializada em Hard/AOR (tendo inclusive figurado na lista de melhores de 2012 aqui na Cripta). Após a primeira turnê em formato verdadeiramente profissional e mais algumas participações e produções em projetos alheios, finalmente o Eclipse lança seu quinto trabalho, com a difícil tarefa de suprir as expectativas que agora acompanham o nome da banda.

O Disco
Produzido por Martensson e Henriksson, Armageddonize começa mostrando ótima qualidade sonora e aquela rifferama à lá Whitesnake/ Blue Murder contida no disco anterior, com os teclados do convidado Johan Berlin emoldurando a matadora I Don’t Wanna Say I’m Sorry (ver vídeo abaixo).


A primeira música de trabalho, Stand On Your Feet (ver vídeo abaixo), é presença obrigatória nos sets da banda daqui para frente tamanha sua qualidade. Se afastando da fórmula do último disco, é a mistura perfeita de Melodic Rock/AOR com elementos modernos. The Storm começa com um dedilhado quase folk, mas logo cai em sua forma verdadeira, uma música mais cadenciada com bela interpretação de Erik e mais um refrão capaz de fazer um fã de Journey chorar.


A matadora Blood Of The Enemies evoca aquele combo “música celta com Hard Rock” que permeou os trabalhos de Gary Moore e Thin Lizzy, adicionando elementos de Power metal, numa das músicas mais pesadas do disco. Não por acaso parece um bocado com o som do Black Star Riders!! Wide Open evoca as influências “Journeyanas” de maneira exemplar em seu refrão e a balada live Like I’m Dying quase perde a mão ao esbarrar de leve na pieguice.

Eclipse 2015
Breakdown quebra (ops) o clima Hard Europeu e soa impressionantemente Badlands, o que obviamente é um grande elogio. Love Bites pode não ser o título mais original do mundo e exalar anos 1980 por todos os poros, mas é boa o suficiente para não darmos a mínima para esses fatos. Caught Up In The Rush possui uma dinâmica bacana que permite a Ulfstedt mostrar seus dotes como baixista. Ah e só para variar, possui um refrão matador, claro.  Mais uma enxurrada de bons riff, grandes vocais e solos matadores nos assombram em One Life-My Life e na acelerada All Died Young, que não deixam a qualidade cair, fechando um disco que passa longe de ter uma música ruim sequer.

Saldo Final
O Eclipse conseguiu superar Bleed & Scream, fazendo desse Armageddonize um disco praticamente perfeito dentro do estilo. Obrigatório a todos os fãs de Melodic Rock, Hard Europeu e AOR.

NOTA: 9

Indicado para:
Aqueles que não dispensam refrães grudentos em seu hard rock.
Fuja se:
Tiver urticárias ao ouvir músicas com cara de comercial de marca de cigarro.

Classifique como: Hard Rock, AOR, Melodic Rock

Para Fãs de: Whitesnake, Blue Murder, H.E.A.T., W.E.T., Talisman...
Ficha Técnica
Banda: Eclipse
Origem: SUE
Disco (ano): Armageddonize (2015)
Mídia: CD
Lançamento: Frontiers Records

Faixas (duração): CD  - 11 (42’).

Produção: Erik Martensson & Magnus Henriksson
Arte de Capa: Anders Fastader

Formação:
Erik Martensson – voz e guitarra;
Magnus Henriksson – Guitarras;
Magnus Ulfstedt – baixo;
Robban Bäck – bateria.

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