sábado, 21 de dezembro de 2019

Nightbound – Nightbound (EP-2019)



Uma Curta e Viciante Viagem Aos Anos 1980
Por Trevas

Tocar com o Azul Limão em Assunção no Metal Feria Fest foi uma delícia. Uma horda de headbangers se divertindo em harmonia, estrutura de show excelente, pessoas receptivas e conhecedoras da nossa cena. Vi muitos jovens que sabiam mais de nossas bandas antigas (e novas) do Underground do que a média dos nossos jovens bangers. Um fato curioso e bacana, mas que não deixa de entristecer um pouco quando notamos o quão pouco conhecemos da prolífica cena de nossos vizinhos. Tentei corrigir essa falha em meu currículo, adquiri alguns CDs (e ganhei outros) de um punhado de bandas paraguaias. Pude testemunhar algumas dessas ótimas bandas locais no próprio festival, e uma delas é essa aqui, a Nightbound. Formada em 2018, o núcleo da Nightbound é formado pelo veterano guitarrista Mike Martinez (The Force, Overlord) e pela vocalista/baixista Arianna Cuenca. No show que assisti fechava o trio a jovem (e talentosa) baterista Mel. O EP, autointitulado, é o primeiro trabalho em maior escala da banda, que em 2018 havia lançado uma Demo em cassete com tiragem para lá de limitada, só para casar com a ideia sonora: um resgate ao Hard/Heavy do final dos anos 1970, início dos anos 1980.

Nightbound 2019: Mel, Mike e Arianna
Nightbound, a banda, abre Nightbound, o disco, com...Nightbound...a música. Produção bem oitentista, Riff que conjura Scorpions, Judas Priest e Saxon. Os solos de Mike são matadores e a voz de Arianna (que aqui não toca o baixo, nas mãos de Katz Leiv) se encaixa perfeitamente na era que os paraguaios tentam (com sucesso) resgatar. Basta escutar a delícia que é o grudento refrão de Time Is On Your Side, que une Thin Lizzy à Warlock com maestria.


No Mercy é mais violenta, uma belezura NWOTHM, com rápidas palhetadas, bateria caprichada (por Miky Doldán) e letra daquelas de rebeldia rocker típicas de tempos mais ingênuos. A faixa seguinte, The Fighting Never Ends, foi gravada num ensaio em 2019 (o restante do disco foi gravado em estúdio no ano anterior), com a qualidade do som mais crua. Mais uma faixa legal que poderia bem ser alguma gravação perdida de alguma banda efêmera lá de 1983. 




Os curtos 18 minutos do EP se encerram com uma versão bonitinha para Soldier Of Fortune do Deep Purple. Um curto, belo e certeiro cartão de visitas de uma banda que deixou o brasuca aqui curioso com o primeiro Full Length, a sair em 2020. Uma viciante estreia! (NOTA: 9,02)

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Gravadora: Awakening Records (importado)
Prós: realmente nos transporta para o início dos anos 1980
Contras: são apenas 18 minutos
Classifique como: NWOTHM
Para Fãs de: Saxon, Rock Goddes, Warlock, Thin Lizzy


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