terça-feira, 27 de maio de 2014

Paul Rodgers – Live In Glasgow (Cd/DVD/BD - 2007)

Live In Glasgow - Capa do DVD
Clássicos da Cripta - Paul Rodgers Live In Glasgow (Cd/DVD/BD - 2007)



MÃE, QUERO SER PAUL RODGERS!
Por Trevas (texto publicado originalmente em meu antigo Blog, em 2007)

Paul Quem?


Paul Rodgers conseguiria passear despercebido por qualquer avenida desse país. Como o próprio "“Tiozinho Aleatório", no máximo esse nanico e bem apessoado senhor inglês de 64 anos seria alvo de olhares voluptosos de uma ou outra senhora assanhada, mas é só.

Paul aos 64 está melhor que você aos 30, certo?
Pois bem, Mr. Rodgers pode não ter muita fama em nosso território, mas capitaneou 4 megabandas desde o início de sua carreira, nos anos 60, vendendo mais de 100 milhões de discos ao redor do globo. E sua lista de fãs inclui gente como: Jimmy Page, Hendrix, Ian Gillan, David Coverdale, Glenn Hughes, BB King, Jeff Beck, Neal Schon, Bob Dylan, Paul Stanley, David Gilmour...Até o maluco do Ritchie Blackmore, avesso a elogios, vez ou outra diz só voltar ao rock se conseguir Mr. Rodgers como vocalista.

Paul no final dos anos 1960 era bem mais "Troo"
E como toda unanimidade é burra, suas performances à frente do Queen se tornaram motivo de discórdia: muitos fãs da banda chiaram: Como ousa esse baixola substituir o maior de todos?” Brian May explica: Paul Rodgers foi um dos grandes ídolos de Freddy Mercury, que tinha o Free como banda favorita. Ponto final.
Bem, Mr. Rodgers influenciou toda a geração Hard/Heavy dos anos 70 com o Free e seu Rock recheado de blues. Seu estilo de cantar, com muita influência de música negra e sem os maneirismos, gritinhos e exageros da maioria dos vocalistas do rock é fácil de ser reconhecido e sua voz pode ser considerada das mais belas do gênero.


Quando o Free acabou, no início dos anos 70, montou o megagrupo Bad Company (com membros do Mott The Hoople e King Crimson), fazendo uma mistura de Hard com Blues, que durou até 1982, quando se aposentou para constituir família. Suas brincadeiras em seu estúdio particular com o então vizinho e também recém aposentado (por conta da morte de Mr. Bonham) Jimmy Page renderam o megaprojeto The Firm, que gravou dois bem sucedidos (embora de gosto duvidoso) álbuns.
Posteriormente gravou álbuns solo esporádicos, sempre focando o Blues, voltou a fazer turnês com o Bad Company e assumiu por um tempo os vocais no Queen.


O Show

Esse DVD (também disponível em BD e Cd), gravado em uma pequena turnê solo pouco após o fim de 2 anos de excursão frente ao Queen, faz uma apanhado de toda a sua carreira, se concentrando um pouco mais no material do Free.
A gravação é excelente, com boa edição e som perfeito, mas o destaque fica por conta das performances da banda e do bem escolhido repertório.


                                              

O set list traz coisas do Bad Company (Bad Company; Seagull...), material solo (como a ótima Warboys, até então inédita), apenas uma do The Firm (o hit Radioactive) e muito Free (Wishing well; Fire and Water; All Right Now...).


Se a performance de Mr. Rodgers dispensa comentários, sua banda também não fica devendo: Howard Leese (Heart), continua esbanjando feeling na guitarra; Lynn Sorensen (baixista e violinista clássico!?) mostra que é tão bom no palco como em estúdio, com excelente presença e Ryan Hoyle(Collective Soul) mostra todo seu talento nas baquetas.
Mas quem rouba a cena é o outro guitarrista, um tal de Kurtis Dengler. O moleque, de apenas 17 anos possui um feeling que muito marmanjo nunca vai encontrar, tocando canções que tem mais que o dobro de sua idade. E seu entrosamento com Mr. Leese é impressionante, levando-se em conta que a banda ensaiou apenas 10 dias antes de sair em turnê.

Extras

O DVD traz, além do show, entrevistas com Mr. Rodgers, sua banda e com os fãs, além de uma apresentação ao vivo do filho do homem, Steve Rodgers, que está para o pai assim como Maria Rita está para Elis.

Saldo Final
Resta dizer que esse é um documento obrigatório para qualquer fã de blues e rock, mostrando um de seus ícones em ótima forma, tocando ótima música acompanhado de uma banda em estado de graça. E aos vocalistas de plantão, trata-se de uma aula de canto imperdível.

NOTA: Clássico da Cripta!

P.s.: Ah, e o título da resenha foi tirado de uma comunidade do extinto Orkut, e achei bem apropriado, hahahaah


DVD/CD
Faixas (CD): 17 Duração: 125’(DVD) 78’(CD)
Lançamento Nacional ST2/ Eagle Vision

Set List CD/DVD
1. Ill Be Creepin
2. The Stealer
3. Ride On A Pony
4. Radioactive
5. Be My Friend
6. Warboys (A Prayer For Peace)
7. Feel Like Making Love
8. Bad Company
9. I Just Want To See You Smile
10. Louisiana Blues
11. Fire And Water
12. Wishing Well
13. All Right Now
14. Im a Mover
15. The Hunter
16. Cant Get Enough
17. Seagull

Bônus (DVD):
Steve Rodgers – Sunshine/ Entrevistas com Paul Rodgers, banda e fãs.

6 comentários:

  1. Pierre Olviva Sabbat27 de maio de 2014 às 21:23

    Eu tenho, muito bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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    1. Pipi, grande camarada!
      Estava reescutando essa pérola ainda gora, excelente show!
      Abraço
      Trevas

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  2. Escutei-lho ainda semana passada.

    Paul Rodgers, respeitadas as diferenças - é, na minha opinião o MAIOR e MELHOR vocalista de todos os tempos, dentro desta vertente Blues Rock.

    Se Ronnie James Dio já dava claros sinais de esgotamento vocal nos seus últimos anos, o mesmo não se pode dizer do tiozão aqui. Voz cristalina, límpida e segura como desde as priscas eras.

    Vale muito ver (no meu caso) e rever (que já pôde) a fera bravíssima ao vivo.

    Abrecetas!

    ResponderExcluir
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    1. Olá, Krill!
      Brian May e Jimmy Page concordam com você, no ramo Blues Rock, ele reina absoluto. Uma das vozes mais belas do mundo em todos os tempos.

      Sim, diria que Rodgers inclusive parece melhorar com a idade, mas seu estilo é mais contido, pode ter contribuído para a longevidade de sua voz.

      Um dos artistas que queria muito poder assistir ao vivo antes do capiroto me convocar.
      Abracetas
      T

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  3. Escutei-lho ainda semana passada.

    Paul Rodgers, respeitadas as diferenças - é, na minha opinião o MAIOR e MELHOR vocalista de todos os tempos, dentro desta vertente Blues Rock.

    Se Ronnie James Dio já dava claros sinais de esgotamento vocal nos seus últimos anos, o mesmo não se pode dizer do tiozão aqui. Voz cristalina, límpida e segura como desde as priscas eras.

    Vale muito ver (no meu caso) e rever (que já pôde) a fera bravíssima ao vivo.

    Abrecetas!

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    1. Olá, Krill!
      Brian May e Jimmy Page concordam com você, no ramo Blues Rock, ele reina absoluto. Uma das vozes mais belas do mundo em todos os tempos.

      Sim, diria que Rodgers inclusive parece melhorar com a idade, mas seu estilo é mais contido, pode ter contribuído para a longevidade de sua voz.

      Um dos artistas que queria muito poder assistir ao vivo antes do capiroto me convocar.
      Abracetas
      T

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