domingo, 25 de agosto de 2013

Curtas: Helloween, Killswitch Engage, Kvelertak e Pretty Maids


Curtas: Helloween, Killswitch Engage, Kvelertak e Pretty Maids
Por Trevas
Helloween - Straight out Of Hell
Helloween - Straight Out Of Hell (CD - 2013)

Álbum de número 16 na discografia dos inventores do Power Metal Melódico e novamente produzido por Charlie Bauerfeind, Straight Out Of Hell veio ao mundo com a difícil tarefa de dar uma chacoalhada na carreira da banda, que caminha no modo piloto automático já tem um tempo. A abertura com a épica (e boa) Nabatea dá alguma esperança de que finalmente os teutônicos nos presentearão com um disco de qualidade. Fica na promessa. Novamente carecendo de um senso de direção, a banda alterna investidas no lado mais bobalhão do melódico nas fracas World Of War, Far From The Stars e Years com tiros na direção do metal mais moderno e grudento (com o qual vem acertando a mão desde The Dark Ride) em Live Now, na gratuita Asshole e na ótima Waiting For The Thunder. A balada Hold Me In Your Arms é bacaninha, mas não chega a empolgar como outras do catálogo do grupo. Wanna Be God é uma tentativa assumida (e ruim) de reviver We Will Rock You do Queen.

Helloween 2013 - Uma preguiça só...
Curiosamente é justamente quando a banda encontra o equilíbrio entre o melódico e o Metal moderno que o disco melhora, como nas boas Burning Sun, Make Fire Catch The Fly e na faixa título. No final das contas, entre altos e baixos temos mais um disco para cumprir tabela de uma banda que outrora deu as cartas no metal europeu.

NOTA: 6,5




Killswitch Engage - Disarm The Descent

Killswitch Engage - Disarm the Descent (CD - 2013)

O futuro de uma das melhores bandas da nova onda do metal Americano parecia incerto. Após o excelente The End Of Heartache ter catapultado o grupo à estratosfera (com As Daylight Dies mantendo o nível), a banda sofreu um baque com a recepção aguada de fãs e críticos para o igualmente aguado disco homônimo. Não bastasse isso, o ótimo vocalista Howard Jones, envolto em sérios problemas de saúde, resolve abandonar a banda. Ah, isso sem contar com os problemas de saúde do guitarrista, produtor e líder Adam Dutkiewicz.

KsE 2013 - Jesse com a camisa do Bad Brains
Em meio ao caos o Killswitch Engage promoveu testes para o posto de vocalista. Entre os postulantes ao cargo, o eleito foi um velho conhecido, Jesse Leach, dono do microfone anteriormente a Howard. Quem, como este escriba, acreditava impossível que Jesse pudesse seguir de onde o trabalho impecável de Howard parou, quebrou solenemente a cara. Disarm The Descent é uma pedrada metalcore do início ao fim. Tudo funciona perfeitamente, desde a produção cristalina e repleta de punch, passando pela cozinha coesa, os riffs matadores e, pasmem, uma performance vocal avassaladora que não nos deixa ter saudades do demissionário HJ. Difícil apontar destaques em um disco tão homogêneo, mas In Due Time, Tribute to The Fallen e You Dont Bleed for Me tem tudo para se tornarem obrigatórias no set da banda. E ainda temos um momento para respirar um pouco com a bela Always, que coroa a evolução vocal de Jesse. Resta torcer para que o KsE mantenha o nível, pois estamos diante de um dos grandes discos de 2013.

NOTA: 9



Kvelertak - Meir
Kvelertak - Meir (CD -2013)

Três anos após os tresloucados noruegueses terem tomado a Europa de assalto com sua estréia homônima, o Kvelertak retorna com Meir, traduzido literalmente como “mais”.  O som da banda é um Punk Rock furioso misturado à Black Metal e elementos de Hard Rock de bandas clássicas como Thin Lizzy. Ah e isso contando com um trio de guitarras e letras escritas exclusivamente na língua natal da banda. Parece estranho? E realmente é. Mas é também incrivelmente grudento e divertido, basta uma breve conferida nos links abaixo, para as faixas Kvelertak (com algo de Hellacopters), Manelyst e principalmente Bruane Brenn, para descobrir o porquê. Esta última, aliás, é uma das faixas mais legais que ouvi nos últimos tempos. 

Kvelertak e sua mascote alada
No meio dessa sonzeira ainda destacaria a pancadaria de Trepan, o Folk porrada de Evig Vandrar e o clima de Jam de Tordenbrak. Cabe ressaltar ainda o belo trabalho gráfico, novamente cortesia de John Baizley, do Baroness. Para quem procura originalidade sem abrir mão do peso, o Kvelertak representa uma ótima pedida!

NOTA: 8,5






Pretty Maids - Motherland
Pretty Maids - Motherland (CD -2013)

Dono de um dos piores nomes já escolhidos para uma banda de rock pesado, o Pretty Maids iniciou sua carreira na Dinamarca em 1981, sendo mais um dos frutos da influência da NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal) pelo continente europeu. Para bem da verdade, o Pretty Maids pode ser considerado um dos artifices do Power Metal Europeu, tendo por característica em seu som o cruzamento desse estilo com o AOR, algo que ficou ainda mais forte ao longo dos anos 1990. A carreira da banda, reerguida pelo cover do Hammerfall para Back To Back, voltara a um viés de baixa. Mas deu uma nova guinada com a assinatura de um contrato com a gravadora italiana Frontiers, especializada em AOR, pela qual lançou o ótimo Pandemonium (2010, seguido por um excelente registro ao vivo). O sucesso de crítica gerou um bocado de expectativa para esse Motherland.

Pretty Maids - Ou seria Ugly Guys?
Mother Of All Lies, a faixa de abertura e primeiro vídeo mostra a banda enterrando os pés no AOR com maestria, uma música que entremeia riffs de guitarra e camas de teclado, sendo sempre guiada pela excelente voz de Ronnie Atkins, que outrora influenciara o timbre de Hansi Kürsch (Blind Guardian) e que é de uma versatilidade e competência impares. To Fool A Nation mantém a pegada AOR, e um ouvinte desavisado poderia bem pensar que o Def Leppard finalmente voltara a fazer boas músicas, tamanha a semelhança, em especial pelo atual timbre de Ronnie. Após uma curta introdução narrada, The Iceman finalmente nos mostra a fusão de Power Metal com AOR típica do Pretty Maids, mais uma boa ideia de Ken Hammer, guitarrista e único membro original da banda (além de Atkins) na formação atual. Sad To See You Suffer e Bullet For You são outras a fazer inveja ao Def Leppard, enquanto Hooligan e Why So Serious representam a pegada mais pesada da banda. A balada Infinity ressalta a excelente produção da bolachinha e a faixa título é mais um postulante a novo clássico da banda, assim como a melancólica Wasted, que encerra de maneira brilhante o disco. Uma audição obrigatória para todos aqueles que curtem AOR!

NOTA: 8,5 


2 comentários:

  1. Não conheço o nórdico em questão. Quanto aos demais três, passo...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado Krill
      Bom ter meu único comentarista de volta por aqui, hehehe
      Cara, dê uma olhada nos links de vídeos para o Kvelertak. Como gostas de alguma coisa de punk e extremo, tenho a impressão que curtirás a banda.
      bjundis
      T

      Excluir