quinta-feira, 8 de abril de 2021

Michael Schenker Group – Immortal (CD-2021)


 

Bodas de Ouro Com Medalha de Bronze
Por Trevas


O lendário gênio teutônico da guitarra completa impressionantes 50 anos de carreira, e Immortal é o disco comemorativo desta marca. Primeiramente, é reconfortante ver o músico largando os inexplicáveis epítetos que vinha utilizando (Temple Of Rock, Michael Schenker Fest) para reviver o icônico Michael Schenker Group (ou MSG). Em segundo lugar, cabe ressaltar que Immortal conta com um time extenso de convidados (Brian Tichy, Derek Sherinian, Barry Sparks, Simon Phillips...), muitos deles parceiros do passado na longa jornada musical do guitarrista. Com produção de Schenker com Michael Voss, vamos ao disco.

Como comemorar meus 50 anos de carreira? Que tal Alvin e os Esquilos cantando?

Drilled To Kill começa com o pé no acelerador, mas nem de longe empolga: o competente Ralf Scheepers soa irritante como sempre e as linhas melódicas são chupadas de Exciter e Betrayal, de Judas e Halford, respectivamente. Um pouco melhor se sai Don’t Die On Me Now, com o peruquinha Joe Lynn Turner no comando. Mas bom mesmo é esbarrar com um músico no topo de seu jogo, é o caso do onipresente Ronnie Romero, que nos brinda com sua ótima voz na primeira faixa realmente boa do pacote, Knight Of The Dead.


Uma pena que logo depois somos arremessados à voz (ou falta de) de Michael Voss, que parece saída de algum personagem de Alvin e os Esquilos, na péssima After The Rain. Scheepers retorna a seu trinado irritante em Devil’s Daughter e novamente quem vem a nosso socorro é Mr. Romero, na apoteótica Sail The Darkness, possivelmente a única em todo o disco merecedora de uma chance no repertório dos shows.


Até por que a coisa aqui definitivamente passa longe da inspiração demonstrada no último disco: Voss assombra os tímpanos dos incautos com sua voz de esquilinho na fraquinha The Queen Of Thorns And Roses, e Come On Over é tão mais ou menos que dessa vez nem Romero deu jeito. Sangria Morte, com Turner novamente no comando, nos traz um pouco de sangue (oops), mas a escolha de encerrar o disco com uma releitura para In Search Of The Peace Of Mind tem muito mais de importância histórica do que meritocracia musical: a riponga e progressiva primeira faixa do então adolescente Schenker está à anos-luz do que ele produziria em sua carreira. Um disco confuso para comemorar uma carreira também cheia de altos e baixos. Schenker pode muito mais do que isso. (NOTA: 6,30)

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Gravadora: Shinigami Records (nacional)

Prós: ótima produção

Contras: músicas pouco inspiradas e algumas escolhas vocais duvidosas

Classifique como: Hard Rock, Classic Rock

Para Fãs de: Rainbow, UFO


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