sábado, 18 de junho de 2016

Os 10 discos que não gosto, de bandas que gosto

Ainda bem que imagem não tem cheiro: só caca
Olá, Guardiões da Cripta

As redes sociais podem ser um pé no saco eventualmente, mas também nos premiam com diversos momentos inspirados. Coloco nessa lista os desafios envolvendo listas, já que sou um aficionado em listar coisas, em especial coisas relativas à música e cinema. Já participei de inúmeros desafios desse tipo, alguns deles acabaram por se tornar post aqui na Cripta (vide o post sobre shows favoritos).

Hoje me deparei com o desafio por parte do mitológico André Delacroix (o mega boa praça e mega batera de Metalmorphose e Imago Mortis).

O desafio? Bem interessante e diferente: Listar 10 álbuns que NÃO GOSTO de bandas que GOSTO.


Não tive tantos problemas quanto a isso, sou um cara chato mesmo e não tenho idolatria gratuita, pode ser minha banda de coração, pisou na bola, pisou na bola, não fico dando uma de fanboy. Mas obviamente, fico imensamente mais feliz em falar bem das bandas que gosto, hehe. Mas confesso que me diverti colocando aqui minha frustração com as bolachinhas listadas, até por que na maioria dos casos eu comprei (não, eu não baixo discos) elas à época cheio de expectativas.

Divirtam-se e, de preferência, postem aqui suas listas!!!
Abraço
Trevas

P.s.: a lista não está em ordem de despreferência...

Espero que o coveiro tenha morrido antes de escutar essa josta!
1. Iron Maiden – No Prayer for the Dying

Ok, poderia ter colocado aqui os igualmente péssimos Virtual XI ou Final Frontier, mas confesso que nesse ponto o encanto pela banda já havia acabado. No Prayer foi um choque, minha banda favorita à época lançava um disco com lixos homéricos como Mother Russia, Bring Your Daughter To the Slaughter (tida pelo próprio Bruce como sua pior música) e, principalmente, the Assassin, fácil fácil a pior composição já feita por uma grande banda de metal. Some isso a um Bruce em péssima fase técnica e temos um cagalhão com caroço de milho em forma de disco.

A capa ainda é mais profunda e criativa que o conteúdo musical...

2. Judas Priest – Demolition

Nada contra (e nem a favor) do Ripper. Acho Jugulator um disco bacaninha, embora tenha ficado extremamente datado. À época a grana estava curta, mas mesmo assim saí da loja onde trabalhava e fui comprar a edição especial desse disco, que havia encomendado e aguardado ansiosamente. Quando coloquei para rodar, que decepção. O Judas havia se tornado uma banda qualquer, parecia querer seguir os seguidores de seu próprio legado. O som, magrinho, sem pressão e artificial. Coisas como feed On Me, Metal messiah, Machine Man, One On One e Bloodsuckers são tão genéricas e desinteressantes que é impossível não acionar o skip do controle remoto. Ripper, esse faz o que sabe, resolver qualquer parte da música com algum grito. Gritar ele sabe. Graças a Odin, Halford retornou e o Judas voltou a ditar regras e não a segui-las.

Sim, os robôs gigantes podiam ter esmagado o estúdio com a fita master dessa bosta dentro
3.  Dio – Angry Machines

É, nem o mestre escapa da minha lista macabra. Ao contrário de boa parte de meus amigos, eu havia adorado o Strange Highways, que entendi como uma continuação da ideia do Dehumanizer. Então o fato do direcionamento mais “realista” do material do Dio não me assustava em absoluto. Mas a falta de qualidade das músicas desse Angry machines é de chorar. Afora o encerramento com a bela This Is Your Life (lembro bem, numa entrevista com o Gastão, Dio referiu-se a ela como uma continuação temática da igualmente bela Rainbow Eyes, do Long Live Rock N Roll...), não há nada, nada mesmo, zero, rosca, que se salve aqui. Simplesmente horrível.

Os incautos que ousaram ouvir esse lixo arrancaram as próprias orelhas e colocaram em potes, como podemos ver acima...
4. Queensrÿche – hear in The Now Frontier

Entendo que seja difícil para a galera mais nova entender o por que tanta gente reverencia os nerds de Seattle. Fato é que desde o disco citado acima os caras só fizeram coisas decepcionantes. Mas nenhum dos trabalhos ruins deles me chocou tanto negativamente quanto esse aqui, até por que veio depois de uma sequência brilhante que incluía três discos diferentes em intenção e iguais em qualidade: Operation Mindcrime, Empire e Promised Land. Esse Hear In The Now Frontier jogava o som algo cerebral dos caras na vala comum do rock alternativo tão em voga à época. Nada se salva nada, nem música nem os timbres. A primeira vez que os vi ao vivo foi nessa turnê, e a experiência foi tão ruim que quase me desfiz dos discos todos. Curiosamente a banda se reencontrou justamente com a saída de seu líder. 


Ok, podia ser o Bananas, o Abandon, o Rapture...tanto faz...
5. Deep Purple – Tudo depois do Purpendicular.

Ritchie Blackmore é o artista de quem cheguei mais perto de ser um fanboy. Ele é o culpado por eu ser um músico (ainda que um de final de semana, hehehe): eu queria ser um guitarrista, mas a falta de talento e disciplina me levou acidentalmente para os microfones, hehehe.  E Deep Purple foi por muito tempo minha banda favorita. Mas quando Ritchie saiu, não fiquei tão revoltado quanto imaginava, conferi o Purpendicular e achei bem bacana. Mas desde então meu gosto pelos caras foi ladeira abaixo. Seguiram-se discos no mínimo sem sal (Abandon, bananas, Rapture e o pavoroso Now What). Mas o que é pior, o som da banda foi se moldando ao estilo do novo guitarrista, e não o contrário. E cara, Steve Morse pode ser muito técnico, mas por Odin, como é capaz de compor tanta coisa chata. Isso somado ao declínio técnico de Mr. Gillan me fez amaldiçoar o DP. Uma banda que morreu para mim.

Acredite, você ia preferir uma bala de canhão a ouvir esse disco...no meio dos ovos
6. Van Halen – Van Halen III

Confesso que o retorno com Diamond dave me decepcionou bastante e fiquei na dúvida se não seria ele a constar aqui na lista. Mas bastou uma breve olhada na contracapa dos dois para me certificar que é até uma injustiça e quiçá pecado ter pensado nessa hipótese. O A Different kind pode ser sem sal e ter gosto de comida requentada, mas esse VH III é comida estragada e contaminada, cruz em credo! E cara, injustiça também é jogar a culpa dessa josta nas costas do pobre vocalista. O cara já tem que carregar a pesada cruz de ter feito parte do Extrume e da inominavelmente insuportável More Than Words, deixe ele com esse karma, já é mais do que um humano mortal deveria poder suportar. Aqui a culpa é do ególatra guitarrista, que até mesmo se meteu a cantar, pessimamente, claro. Difícil escutar esse disco inteiro. Difícil mesmo. Aliás, o que ele ainda faz na minha coleção é um mistério inexplicável. Um dos piores discos já feitos.

caras, não olhem para os lados, sigam em frente e finjam que não gravamos esse cocô... 
7. Scorpions – Eye II Eye

Ok, a carreira do Scorpions é quase uma montanha russa em termos de altos e baixos. E já não vinha lá em um momento muito inspirado, se contarmos que o disco anterior fora o fraquinho Pure Instinct (sim, da nojenta You And I). Mas nada poderia preparar o espírito humano para uma hecatombe do nível desse Eye II Eye, repleto de elementos eletrônicos, melodias rasas e produção de fazer inveja ao NSync. Particularmente eu demoraria anos até recuperar o gosto pela banda, mais especificamente com Humanity. Triste.

Como diria Ripper: Waaaaaaaaaaaaaahhhh, Waaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh, WAAAAAAAAAAAHHHHH
8. Iced Earth – The Glorious Burden

Cara, Something Wicked this Way Comes é um disco tão foda que tornara o IE uma de minhas bandas favoritas à época. Confesso que Horror Show já havia sido um baque em termos de queda de qualidade e que eu ficara extremamente apreensivo quando o ótimo Matt Barlow saiu da banda e Ripper fora anunciado. Não consigo gostar de Ripper. Não me entenda mal, o cara parece ser muito gente fina, mas dá no saco o bicho apelando para gritinho em todas as músicas em que já cantou nessa encarnação. Parece que ele escutou Painkiller uma vez na vida e pronto, o cérebro entrou em Loop e não saiu mais disso. Junte-se a voz do cara com músicas bem abaixo da crítica e um ufanismo doentio do patrão Schaeffer, fruto da rebordosa do 11 de setembro, e temos um dos discos mais decepcionantes da história do metal. Chato à vera.

vermes saindo da boca, vermes na cachola...combina com o disco...
9. Nevermore – Enemies Of Reality

Uma banda que foi praticamente uma monomania para mim durante muito tempo. Politics of Ecstasy, Dreaming Neon Black e em especial Dead Heart in a Dead World estavam em alta rotação no meu aparelho de som quando saiu Enemies of Reality. E que imensa decepção esse lançamento foi para mim. Hoje em dia muita gente culpa a produção e/ou mixagem pelo fiasco, mas é bem óbvio que faltava qualidade para boa parte do material incluso na bolachinha. Por sorte a banda viria a se redimir com o espetacular This Godless Endeavor. Uma mancha na carreira dos estadunidenses.

Como fazer o Wishbone Ash parecer o Slayer, parte I
10. opeth – Pale Communion

Nesse aqui reproduzo minha decepção com o desfecho de minha resenha na Cripta do Trevas:
“Pale Communion dificilmente irritará aqueles que vociferaram contra Heritage, já que fora cantado em prosa e verso o novo caminho escolhido pelo Opeth. O disco provavelmente será recebido com louros pelos fanboys, mas é certo que com o passar dos anos ganhará camadas de poeira na própria coleção destes. Acho irônico que uma banda das mais inventivas dos últimos tempos pregue evolução e ousadia desenterrando e reciclando clichês de bandas do passado. O Opeth escolheu deixar de ser líder e passar a ser um reles seguidor. Respeito a opção. Talvez esse novo caminho agrade aos fãs incondicionais de progressivo, ou aqueles que estejam descobrindo o estilo agora. Confesso que não me sinto tentado a gastar novamente meu dinheiro com futuros lançamentos dos caras. Com licença, vou lá escutar o Damnation e o Blackwater Park. Sem mais, desligo.”

3 comentários:

  1. Trevaz...

    Não sou fã de listas, mas nessa vou comentar.

    Concordo com suas indicações para (sem ordem de despreferência, conforme sua pessoa):
    (1) Deep Purple "Now What?".
    (2) Van Halen "3".
    (3) Scorpions "EyeIIEye" e
    (4) Iced Earth "The Glorious Burden".

    Passo agora às minhas indicações:

    (5) Iron Maiden "Virtual XI". Uma bolacha que tem "The Angel and the Gambler" (INFINDÁVEL e que "funcionava" AINDA PIOR ao vivo!), e a purgativa "Como Estais Amigos", aliada a uma péssima interpretação do demissionário Blaze Bayley não pode mesmo prestar, ainda que haja lá Futureal e The Clansman...

    (6) Metallica (3x1): "Load", "Reload", "Lulu"... PURE SHIT!!!

    (7) Kiss: "Unmasked". Podia ser "Dinasty", mas esse daqui barra...

    (8) Black Sabbath: "Forbidden". CREDO!!! Tony Iommi devia estar sob efeito retardado da heroína das turnês dos anos 70 quando cometeu isso...

    (9) Kreator: "Endorama". Mille fez uma cagada sem tamanho nisso daqui. Falta de inspiração, confusão mental e tentativa de ser moderninho...

    E...

    (10) Bathory: "Blood Fire Death"... SIM!!!!! EU GOSTO DE BATHORY!!!! Mas aqui Mr. Quorton cagou na retranca!!! Trocar seu "black-pagan-viking-modafóca-metal" por uma tentativa de thrashzinho meia boca tornou Valhalla playground dos badernistas criados a leite com pera e ovomaltino gelado...

    Que me diz?

    Jundas.

    K.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Iron Maiden, Virtual XI. Realmente uma bosta, certamente o pior disco do Iron. Mas ainda fico com o no Prayer. The Assassin é pior que a pior música que a pior banda do mundo tem capacidade de compor. Mas na verdade a escolha do No Prayer vem pois até então o Iron nunca tinha errado. Quando o fez, fez muito feio.

      Metallica. Já não acho a banda tão foda, então ela não teria como me decepcionar. Concordo que os três discos citados são cagalhões, mas não entendi a ausência do St Anger da lista...vc gosta daquilo?

      Black Sabbath - Forbidden. É verdade, lixo completo.

      Kreator - Endorama. Eu gosto, me xingue.

      Kiss. Acredita que não ouvi esses discos até hoje?

      Bathory? defequei.

      Abracetas
      T

      Excluir
  2. Faltou colocar:

    Todos os discos do Megadeth depois do Cryptic Writings, PURO LIXO

    ResponderExcluir